quarta-feira, 1 de setembro de 2010

O empréstimo - Resumo

Por João Batista de Freitas RA 152793

É um dos muitos contos machadianos e neste temos duas Histórias, escrevemos História com agá maiúsculo, porque o ator do conto assim sugere. Vaz Nunes, um tabelião que tinha uma perspicácia fora do comum era um homem de uma honestidade invejável. Dava-se a observar as pessoas e nunca deixava-se enganar pelas aparências. Vasculhava ás intenções daqueles que o procuravam para escriturar os seus acordos e resoluções, percebia as manhas ocultas e os pensamentos que não eram nobres. Era um homem sisudo, prudente viúvo e sem herdeiros. Certo dia chegou á porta de seu escritório um homem que lhe era estranho, pelo menos em um momento primeiro. Vaz Nunes o convida para entrar e logo que o tal homem entra, afirma conhecer Vaz Nunes. Entretanto, Vaz Nunes não se recorda do tal sujeito. O homem apresenta-se, dizia chamar-se Custódio. Estava mal vestido, mas asseado. Sempre quis ser rico, porém não via nobreza no trabalho e não tinha dinheiro nem talento para ganhá-lo. Vaz Nunes ouve Custódio dizer que viera lhe pedir uma quantia em dinheiro, pois havia um negócio que prosperaria muito em pouco tempo. O tal negócio era a fabricação de agulhas. Vaz Nunes diz não ter a quantia que lhe fora pedido. Custódio pede uma quantia menor, mas é inútil. Depois de várias “propostas”, Custódio sai com uma quantia que pelo menos lhe garantiria um jantar. Em súmula o conto é isso. Todavia, vemos que o que o autor quer é denunciar às aparências e a hipocrisia. A preocupação em revelar os conteúdos dos seus personagens é simultaneamente claro e obscuro, porém, a critica direta ao padrão dissimulado da sociedade e ao estilo de vida dela é gritante. Nas primeiras linhas do conto, o autor diz que Vaz Nunes aparentava uma grande honestidade, entretanto era uma falácia, pois ele era um avarento que escondia sua avareza atrás de uma pretensa postura integra. Gostava de ler as pessoas, mas ocultava seu caráter e seu apego aos bens materiais. No conto quando faz referência a si mesmo, Vaz Nunes chama-se de “um modesto tabelião de notas”, todavia de modesto ele nada tem, já que sua postura altiva logo que Custódio se retira denuncia sua imodéstia.

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