sexta-feira, 10 de setembro de 2010

Conto “O Enfermeiro”

Por: ANGELA MARIA FERNANDES


O conto baseia-se no relato do enfermeiro por nome de Procópio, homem honesto, tolerante. E muito competente no que faz.. Este porém recebeu uma proposta para servir o Coronel Felisberto, enfermo em estado terminal.


No começo foi tudo muito agradável, mas logo o coronel mostrou-se arrogante, e o quanto menosprezava as pessoas em sua volta. Por algum tempo, foi se acostumando com as patadas e a falta de sensibilidade do patrão, mas devido o pedido do padre que era seu amigo desde o colégio que sempre o ajudou , foi ficando um pouco mais, mas já não suportava o coronel e suas mal criações.

Num belo dia o doente atirou um jarra, que atingiu em cheio o seu rosto e foi até o chão, ao despertar do desmaio avançou para cima do coronel e o esganou.

Ele não imaginara que ele seria o causador da morte do paciente, que já estava às últimas, mas, no entanto, fora ele quem o matara, justamente quem deveria protegê-lo e cuidar para que tudo ocorresse bem.



Para disfarçar ele mesmo tratou de vestir o corpo, e arruma-lo de forma que não levantasse suspeita, pois ele foi enfermeiro que mais mostrou-se paciente e competente entre todos que já haviam contratado para cuidar do coronel.



O coronel Felisberto não tinha parente e por isso, deixou o testamente em favor do único enfermeiro que havia lhe dedicado à devida atenção.

O enfermeiro, ficou perplexo ao saber da noticia, queria em primeiro momento fazer doações, para disfarçar o seu crime e talvez se redimir. E quem lhe questionava sobre o velho e de como ele era insuportável, ele o elogiava, e o defendia, dizendo-lhes que era por causa da doença que o velho agia daquela forma..

Não achava justo no começo, ser o único herdeiro, mas o tempo foi passando e ele acreditou mesmo que, o que aconteceu foi obra do destino, e que ele merecia a herança., pois o crime foi acidental, pois já se esperava a morte do paciente.



Com tudo isso podemos ter a idéia do Realismo de Machado de Assis, neste conto a relação do ser humano, em face a seu crime, e a forma de como contornar este problema, para não se prejudicar criminalmente, arrumava merecedor de uma nova vida.

Com a aparência camuflada passava-se por um homem de bem, e de competência incontestável.

Assim como na vida real, tal como o conto, nos deparamos com pessoas fingidas e que estão por elas mesmas acima de qualquer suspeita, acreditando que é inocente tal qual o nosso enfermeiro de Machado de Assis.

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