segunda-feira, 20 de setembro de 2010

Singular Ocorrência

Por: Marcos Canhadas RA:152178

Este conto é o relato de um homem a um amigo sobre o caso extraconjugal de um outro amigo. Ele conta que esse amigo e a amante eram apaixonados (ela abandonara a prostituição por ele) e que, numa única vez, o havia traído. E foi este caso que gerou um grande turbilhão emocional que quase acabou no rompimento e suicídio da amante, mas eles por fim se reconciliaram e viveram felizes até que ele mudou de província e morreu antes de voltar.

A traição de uma ex-prostituta, de caráter irreprochável, em relação ao amante, é narrada sem que nenhum dos interlocutores do conto consiga encontrar uma explicação racional para o fato.

Em Singular Ocorrência o autor afasta-se do narrador e deixa o leitor identificar-se consigo mesmo na pessoa do herói-narrador.

Não existe neste conto um narrador explícito, entretanto, no diálogo desenvolvido pelas personagens evidencia que existe  uma  outra  narrativa dentro da primeira, pois fala da história de uma mulher que foi avistada pelas personagens que realizam o diálogo inicial. Portanto, Machado de Assis soube utilizar-se da técnica narrativa do diálogo com perfeição, não havendo, neste caso, a necessidade de utilização de um narrador interferindo na história vivida pelas personagens. Sem, no entanto, deixar de fazer uso da interferência e juízos de valor quando passa a uma das personagens o papel de narrador para contar a história de Marocas.

Nenhum comentário:

Postar um comentário